segunda-feira, 11 de outubro de 2010

padre Mcghee

Ao olhar para as escadas da velha igreja, padre Mcghee soltara um famoso xingamento, e se amaldiçoava por não ter escolhido outra profissão ao invés de ser padre, não que o dinheiro que ganhasse não fosse bom, ou que a nova congregação não o tivesse recebido bem , mas sempre confundiam o fato de ser um emissário de Deus na terra, com o fato de ser obrigado a receber crianças em suas portas. A porta era de pinheiro e muito pesada e seus músculos não estavam pronto para fazer tanto esforço tão tarde da noite, pensando rápido percebeu que o mais fácil seria puxar a porta com toda a força que conseguisse arranjar, segurou firme a aldrava com as duas mãos , fez uma espécie de alongamento para que as suas velhas costas não o traíssem no meio do caminho e puxou,o que se seguiu foi uma mistura de prazer e alivio, a cada puxão dado Mghee peidava sonoramente e compassadamente ao barulho emitido pela porta, o ultimo esforço também foi o que quase o levou para o chão, mas se sentia leve como um menino após se livrar dos gases. Ao olhar para fora o que era alegria se tornou desanimo -Por Deus, malditas sejam essas meretrizes que fodem com qualquer um e depois trazem suas crias ao velho padre, disse. Por mais que não gostasse de crianças e se sentisse tentado a voltar a sua quente cama, não conseguiu, com muito cuidado pegou a pequena trouxa de pano velho mas com certo grau de limpeza e pode ver pela primeira vez o rosto daquele que dai em diante mudaria o rumo de todas as pessoas daquela cidade.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

O Errante-inicio

Prólogo

O desejo dos pais não era o de deixar o pequeno Errante nas portas daquela sombria igreja, mas para eles era o fim, colocaram a criança gentilmente nos degraus da igreja e bateram com a grande aldrava de bronze, quase imediatamente ouviram um som seco e ressoante mesmo para eles que estavam do lado de fora,logo após virão através do vão da porta o que devia ser uma vela sendo acesa, perceberam que a criança não ficaria sem companhia por muito tempo.A mãe se apressou em se despedir do pequeno Errante e com lagrimas nos olhos correu para se juntar ao pai que já a aguardava perto do pequeno bosque que se encontrava a poucos passos da entrada da igreja. O sentimento que carregava era um misto de alegria e medo, sabia que a criança estava segura agora, mas sabia que a salvação dele significava a destruição de muitos.